Ione Papas:
Na Linha do Samba

Sementes no Vento

DB-0128

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Ione Papas - na linha do samba
Sete anos após lançar seu primeiro - e elogiado - CD "Noel por Ione" (Dabliú Discos), a cantora baiana Ione Papas apresenta seu segundo trabalho: "Na Linha do Samba" (também pela Dabliú). O disco mostra as variadas possibilidades do samba, a mais importante vertente da música popular brasileira. Com músicas inéditas e desconhecidas, apresenta compositores consagrados e da nova safra como os baianos Batatinha, Tuzé de Abreu, Carlinhos Cor das Águas, Manuca Almeida, Tito Bahiense, Péri, Doda Macedo e Mário Leite. Os cariocas Wilson das Neves, Paulo César Pinheiro, Talismã, B.Lobo, Moacyr Luz e Osvaldo Pereira. E os paulistas Nando Távora e Álvaro F C, este em parceria inédita com a própria cantora. Conta com as participações especiais de Fabiana Cozza, Doda Macedo, Cristina Torres e Quinteto em Branco e Preto além de músicos especialmente convidados: Beto Sporleder (flautas), Bira Marques (piano e arranjos de metais), Bocato (trombone), Filó Machado (arranjo base), Nahor Gomes (trompete e flughel), Ronaldo Rayol (violão e arranjos de base), Sidnei Borgani (trombone), Ubaldo Versolato (flauta e sax tenor) entre outros. Produzido por Alexandre Fontanetti, tem direção artística de Ione que também contribuiu na concepção dos arranjos com os músicos da banda.

Sobre Ione Papas:
Ione começou cantando nos bares de Salvador. Estudou Teatro e Canto, tendo integrado o Coral do Mosteiro de São Bento e, depois, o Coral Madrigal da Universidade Católica de Salvador. Em 1987 estreou seu primeiro show cantando Noel Rosa, intitulado "Seu garçom, faça o favor..", no Teatro Vila Velha. No ano seguinte fez o show "A Serpente" no Espaço Cultural IRDEB.
Em maio de 1989 ganhou o concurso de Novos Talentos promovido pela gravadora Dabliú Discos, Rádio Musical FM e Moinho Santo Antônio, onde interpretou um samba de Noel. Tornou-se um rosto familiar participando do Programa "Sem Limite" na Rede Manchete, no Rio de Janeiro, onde respondeu perguntas sobre a vida e a obra de Noel Rosa. Venceu todas as etapas, baseadas em estudos que havia feito sobre o autor.
Em 2000 lança seu primeiro álbum, "Noel por Ione".
Nos últimos anos a artista tem apresentado o seu trabalho nos circuitos musicais de São Paulo participando de vários projetos do SESC/SP, da Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de São Paulo, além de outros espaços destinados à produção musical de novos talentos.

Na Linha do Samba
comentários da artista a respeito da formação do repertório:

Som sagrado - Wilson das Neves e Paulo César Pinheiro
"Conheci a música no CD 'O Som Sagrado de Wilson das Neves'. Coloquei no meu repertório juntamente com 'O Samba é Meu Dom', mas o Som Sagrado foi escolhida".

Vestido de malha -Tuzé de Abreu
Médico, músico e compositor baiano, da geração tropicália, conheci a música ouvindo o CD na casa de Tuzé, em Salvador. Adorei e imaginei Elza Soares cantando comigo. Fiz alguns contatos com Elza que se dispôs a participar mas, na hora H, não deu certo".

O samba é bom - Péri
"Está no CD de Péri 'A Cama e a TV'. Incluí no repertório. No início do projeto chegou a ser cogitada para abrir o disco".

Bondinho - Nando Távora
"Compositor paulista, conheci Fernando no Rio de Janeiro. Ficamos amigos. Ao ouvir 'Bondinho' pela primeira vez, decidi que gravaria no novo disco. É inédita".

Sonho colorido de um pintor - Talismã e B. Lobo
"Está no LP 'Tom Zé - 1972'. Foi indicação de uma amiga artista plástica baiana. Inicialmente pensei que a música fosse do próprio Tom Zé, pois não havia os nomes dos compositores no disco. Descobri então, através de Éverson, do Quinteto em Branco e Preto, os verdadeiros autores. Éverson também sugeriu Fabiana Cozza para participar".

O enterro do samba - Tito Bahiense
"Conheço Tito, desde Salvador, mas só ficamos amigos aqui em São Paulo. A música está no primeiro disco de Tito 'O ENTERRO DO SAMBA OU VAMO AGORA PRA MASSA'. O piano e arranjo de metais de Bira Marques deu o toque classe. Sem falar no arranjo de base de Filó Machado. Muito chique essa faixa".

Moleque é tu - Doda Macedo
"Conheci Doda em 1990, em Salvador. Doda nasceu em Cícero Dantas, sertão da Bahia, mas viveu parte de sua vida em Nazaré das Farinhas, no Recôncavo Baiano. A música resume tudo: 'me criei no meio de um mundo pequeno/ ora seco, ora azul/ ora mangue, ora mandacaru'. Como eu não levei a sério o meu lado de compositora, Doda se tornou uma das minhas principais referências. Grande amiga e confidente, eu morro de inveja (no bom sentido, é claro!) de cada composição que ela me apresenta. A música está no seu 1° disco, totalmente independente e com músicas de sua autoria".

As árvores - Osvaldo Pereira
"Foi dividindo o palco do SESC Pompéia em 2001 com Osvaldo Pereira, que tomei contato com o cantor e compositor carioca. Entretanto, foi no Crowne Plaza, que eu ouvi os versos 'meu único amor no mundo são as árvores/ só elas com segurança não me desprezam'. Às vezes é chato fazer comparações, mas não tive dúvidas: parece coisa de Noel Rosa".

Infinita beleza -Doda Macedo
"Música inédita de Doda que chegou a sair duas vezes do repertório. Com o toque especial de Leonardo Caribé (músico do Recôncavo Baiano), ao violão, a música encontrou sua perfeita tradução. Com a participação de Doda, fechamos com chave de ouro. Um belo momento do disco".

Pequeno Sutra - Prof. Joaquim Monteiro
"Todas as manhãs em minha casa, logo depois do café, o professor e monge Joaquim Monteiro desce à sua 'Monteiro Caverna' (o porão) para meditar e rezar o Pequeno Sutra do Buda Amitaba. Ao ouvir todos os dias, comecei a batucar na mesa da cozinha pra ver se dava samba. E deu. Levei o MD pra Monteiro Caverna. Foram quase quinze minutos do Sutra cantado em chinês. Levei pro estúdio e colocamos uma base de percussão com o Quinteto em Branco e Preto. O texto sobre Exu, de Reginaldo Prandi, foi influência de outra amiga e artista plástica, Cecília Panipucci, que retrata com muita beleza e propriedade os Orixás do Candomblé. Os desenhos da Oferenda (no tampo) e dos pandeiros no fundo da caixa do CD são dela".

Luz acesa - Carlinhos Cor da Águas e Manuca Almeida
Compositores baianos. Conheço Carlinhos desde a década de 80 nos palcos de Salvador. Sempre o admirei de longe. Conheci 'Luz Acesa' através de Alexandre Leão (outro baiano). Cantei em duas apresentações, no Villaggio Café e na MAURO Discos. Entrou para o repertório. Manuca Almeida, eu conheci através de Tito Bahiense.

Saudades de quem te ama - Moacyr Luz
"Inédita, veio pra mim através do próprio Moacyr numa fita cassete com letra datilografada. Gravação caseira, sem muita qualidade na audição. Mas quando a obra é grandiosa, tudo isso não tem a menor importância. Um samba que impressiona a todos que o ouvem pela primeira vez.

Pérolas do carnaval - Mário Leite
"Outro compositor baiano. Numa apresentação do Quinteto em Branco e Preto no SESC Pompéia, ele me entregou, como Moacyr, uma fita K-7 com um samba inédito. A gravação foi feita de forma precária numa apresentação ao vivo do Samba da Vela. Repetindo: quando a obra é de grande valor supera a qualidade técnica. Fiquei extasiada. Havia encontrado uma pérola do samba".

Foguete particular - Batatinha
"Mais uma obra-prima do genial Oscar da Penha, apelidado de Batatinha por Antônio Maria pois, ele imitava Vassourinha no início da carreira nas rádios de Salvador. Tive a honra de trabalhar com ele 4 anos alternados nos trios elétricos no Carnaval da Bahia fazendo coro. Não me perdoou por não ter me aproximado mais e convivido com este grande mestre e compositor".

SambaRAP - Ione Papas e Álvaro F. C.
"Aos 16 anos tomei minhas primeiras aulas de violão e arrisquei então as primeiras composições influenciadas pelos Beatles. Depois veio Milton Nascimento e o Clube da Esquina. Arrisquei até em algumas instrumentais, bossa-nova etc., mas nunca compus um samba. Abandonei totalmente a idéia e me dediquei apenas ao canto. O sambaRAP veio por acaso. Compus com o meu vizinho que enquanto pintava a minha casa cantava canções do HIP HOP feitas por ele".

Pequeno Sutra do Buda Amithaba - Prof. Joaquim Monteiro
"O telefone da minha casa tocou. Professor Joaquim atendeu, mas já havia entrado a secretária eletrônica. A conversa entre ele e minha tia de 82 anos e meio surda ficou gravada. Quando ouvi aquilo me joguei no chão de tanto rir. Tinha que entrar no disco".

Som sagrado [vinheta] - Wilson das Neves e Paulo César Pinheiro
"Após a gravação do naipe de sopros, Alexandre deixou tocar apenas a voz com os metais para verificação. Achei muito bom e resolvi usar para fechar o disco".

 

Escute Trechos em RealPlayer :
01 Som sagrado (Wilson das Neves e Paulo César Pinheiro)
02 Vestido de malha (Tuzé de Abreu) part. Quinteto em Branco e Preto
03 O samba é bom (Péri)
04 Bondinho (Nando Távora)
05 Sonho colorido de um pintor (Talismã e B. Lobo) part. Fabiana Cozza
06 Não deixe o samba morrer [vinheta] (Edson e Aluísio) / O enterro do samba (Tito Bahiense) part. Cristina Torres
07 Moleque é tu (Doda Macedo)
08 As árvores (Osvaldo Pereira)
09 Infinita beleza (Doda Macedo) part. Doda Macedo
10 Pequeno Sutra [vinheta] (Prof. Joaquim Monteiro) part. Prof. Joaquim Monteiro
11 Luz acesa (Carlinhos Cor da Águas e Manuca Almeida)
12 Saudades de quem te ama (Moacyr Luz)
13 Pérolas do carnaval (Mário Leite) part. Quinteto em Branco e Preto
14 Foguete particular (Batatinha)
15 Samba rap (Ione Papas e Álvaro F. C.) / Pequeno Sutra do Buda Amithaba [vinheta] (Prof. Joaquim Monteiro) / Som sagrado [vinheta] (Wilson das Neves e Paulo César Pinheiro)
Mais sobre a cantora no MPBNet:
Ione Papas
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